Se o substantivo “dia” está relacionado a tempo, quando se trata do grupo varejista DIA o significado é praticamente o mesmo. Com a missão de ser o mercado de vizinhança número 1 do consumidor, a rede de origem espanhola chegou sem grande alarde ao mercado brasileiro e, em pouco mais de dezesseis anos, inaugurou mais de mil unidades em cinco Estados. Na entrevista a seguir, Laurent Elizabeth, vice-presidente-comercial de Marketing do DIA no Brasil, explica a estratégia da companhia espanhola no Brasil, seus planos para o futuro e como ele trabalha os seus diferenciais: marca própria e preços baixos.
Entre grandes formatos de loja, como o DIA conseguiu conquistar espaço no Brasil?
Desde o início, estava muito clara para nós a ideia de implantar aqui um formato de loja de proximidade. O Brasil não tinha esse formato, pois o que mais se desenvolvia na época eram os hipermercados e supermercados. Tropicalizamos o modelo da nossa matriz, na Espanha, e conseguimos ter sucesso.
Por que o DIA caiu no gosto do consumidor?
Primeiro por causa do preço. É essa a grande diferença. Não é um varejo que ofereça muitos serviços, mas estará próximo do local de trabalho ou do lar. Nosso objetivo é claro, é abrir lojas em cada esquina de cada rua para que o cliente possa encontrar um lugar onde consiga encontrar tudo de que necessita. Ele não precisa ir ao hipermercado, pois, cada dia mais, nosso mix está melhorando. De fato, o DIA é um atacarejo de vizinhança. Somos o pequeno atacado de autosserviço do brasileiro.
Em 16 anos, a bandeira inaugurou mais de mil lojas no Brasil, em cinco Estados. Por que não há uma maior pulverização?
Porque é justamente nosso modelo. Quando entramos em um Estado, procuramos saturá-lo. Com uma implantação que nos permite ter muita massa, lojas em cada esquina, quando terminamos de dominar um ponto, passamos para outro. Dedicamos dez anos para acertar nosso modelo em São Paulo, onde somos o segundo varejista mais forte do Estado e, uma vez que essa fortaleza ficou bem estabelecida, decidimos ir para o Sul, e para Minas Gerais, Bahia, e, mais recentemente, para o Rio de Janeiro.
O que a operação brasileira representa para os negócios mundiais da rede espanhola?
Depois da Espanha, o segundo país que mais cresce em operação é o Brasil. Estamos presentes em cinco países e posso afirmar que onde fizermos mais expansões, teremos mais sucesso.
Por: Andréia Martins / Portal NewTrade
Atualizado em: terça, 09.mai.2017