As vendas no varejo de material de construção cresceram 3% no primeiro quadrimestre de 2017, na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado dos últimos 12 meses, no entanto, o setor apresenta retração de 8%. Os dados são da Pesquisa Tracking mensal da Anamaco, que entrevistou 530 lojistas entre os dias 25 a 30 de abril. De acordo com o relatório, em abril o setor teve desempenho estável na comparação com o mesmo mês do ano passado. Já na comparação sobre março, o setor apresentou retração de 15%. "Tivemos um mês de março muito superior a março do ano passado, por isso já esperávamos retração no mês de abril, que é um mês de vendas mais modestas, se comparado ao restante do ano. Os diversos feriados, assim como a tensão gerada pela greve em plena sexta-feira, véspera de um feriado longo, prejudicaram o desempenho do setor no final do mês", explica o presidente da Anamaco, Cláudio Conz. Conz ressalta que os resultados apresentados pelo setor estão muito próximos dos previstos pela Anamaco no início do ano, que era de crescer neste primeiro semestre cerca de 3%. "Os dois últimos anos foram muito complicados para a cadeia da construção como um todo. O setor está reagindo, mas ainda bem abaixo dos números apresentados nos últimos 10 anos. Estamos também em um momento em que as pessoas seguraram por muito tempo as reformas, por medo da crise, mas a casa continua precisando de reparos, e quanto mais tempo essa reforma for adiada, pior será o estrago. Os bancos privados também iniciaram uma ofensiva no sentido de facilitar o crédito ao consumidor que quer construir ou reformar. Fora isso, estamos começando a sentir o efeito da investida do governo em programas como o Cartão Reforma, que soltou seu primeiro edital, de R$ 100 milhões, com distribuição na primeira cidade, Caruaru. A previsão é de um edital por mês, até atingir o teto de R$ 1 bilhão em 2017. Isso deve ter um impacto muito positivo no nosso setor", explica o presidente da Anamaco. De acordo com o a pesquisa da Anamaco, todas as regiões apresentaram resultados desfavoráveis em abril, com relação ao mês de março. Todos os segmentos pesquisados também apresentaram retração no período. Para maio, no entanto, 65% dos entrevistados espera que o setor recupere parte das vendas. Já o otimismo do setor com relação às ações do Governo nos próximos meses continua em 44%. O estudo também indica que cerca de 32% dos entrevistados pretendem fazer novos investimentos em 2017. Já a intenção de contratar novos funcionários diminuiu de 13% para 10%. Fonte: Agência IN | |
Atualizado em: quarta, 10.mai.2017